Segundo
BROCHADO, 2005 a parada de mãos pode ser considerada o exercício básico mais
importante da GA(Ginástica Artística). Assim como a quadrupedia é essencial para a criança ter
condições de aproveitar todas as possibilidades de desenvolvimento motor que a
GA oferece, um bom domínio da parada de mãos é fundamental para a evolução na
GA, enquanto esporte de competição. Ela será utilizada em todos os aparelhos,
tanto masculinos, quanto femininos. Portanto, a parada de mãos deve ser
treinada todos os dias, de diversas formas.
O objetivo do movimento é desenvolver
principalmente o equilíbrio estático, reconhecimento da posição invertida do
corpo e excelente atividade para ganho de consciência da tonicidade corporal
(tônus muscular contraída).
Descrição:
o executante deverá estar em
equilíbrio estático na posição invertida sobre suas mãos, com os braços
paralelos e bem estendidos" (SANTOS, 1985:54). Para chegar nesta posição,
faz-se um movimento no plano sagital, deslizando uma das pernas à frente do
corpo, elevar os braços estendidos, colocando-os ao lado das orelhas, em
alinhamento com o tronco. Inclinar o tronco à frente, flexionando a articulação
do quadril sobre o eixo transversal do corpo, com semi-flexão do joelho da
perna anterior. Apoiar as mãos no solo, à largura dos ombros, lançando a perna
de trás para o alto, com o joelho em extensão, sendo que a outra perna será
lançada imediatamente após a primeira, unindo-se a ela na vertical,
completamente estendidas e com os pés em flexão plantar. A cabeça deverá ficar
alinhada ao tronco. A posição deverá ser mantida por dois segundos em
equilíbrio estático, e depois o ginasta poderá descer as pernas alternadamente,
estendidas, em direção ao solo. A primeira perna a tocar o solo irá fazer
ligeira flexão de joelho, estendendo-se ao final, após elevação do tronco,
finalizando de pé, na posição ortostática.
Apoio: O aluno
deverá estar agachado, com dois auxiliares colocados um de cada lado;
segurando-o com as duas mãos no quadril e impedindo-o com os joelhos que os
ombros se projetem para frente. Os auxiliares elevarão o quadril do executante
e este estenderá as pernas, levando-as à vertical. Daí retorna à posição
inicial, sempre com a condução dos dois auxiliares.
O apoio poderá ser feito com uma pessoa, caso o
executante tenha confiança para realizar o movimento. O apoio deverá dar
sustentabilidade ao executante, segurando com ambas as mãos ao tornozelo do
executante, quando estiver em posição invertida.
Processos pedagógicos segundo BROCHADO& BROCHADO, 2005:
. Apoiar as mãos no solo, mantendo os braços
estendidos e paralelos, e tirar os dois pés do chão por frações de segundo,
mantendo as pernas flexionadas.
. Apoiar as mãos no solo e elevar as pernas
alternadas para trás (tesoura).
. Apoiar as mãos no solo e executar o maio número
possível de trocas de pernas (tesouras), antes de voltar a apoiar os pés.
. Partindo
de costas para uma parede, subir à parada de mãos, apoiando os pés na parede.
Com o auxílio de dois colegas, que seguram nas pernas, executar um rolamento
para frente.
. De frente para a parede, lançar as pernas à
parada de mãos, apoiando-se na parede, com auxílio de dois colegas. Manter a posição
por 2 segundos, voltar à posição inicial.
. Partindo da posição de pé, com braços elevados,
uma perna à frente, apoiar as mãos no solo, lançar as pernas, uma após a outra,
à parada de mãos, unindo-as na posição vertical. Durante o lançamento à parada
de mãos, procurar manter braços, tronco e a perna de trás, que está sendo
lançada, alinhados. Uma ou duas pessoas devem auxiliar, segurando nas coxas,
próximos aos joelhos, já na fase ascendente do movimento. Quando em posição
invertida, corrigir a postura do executante, conforme descrição apresentada a
seguir, mantendo o equilíbrio por 3 segundos e então desequilibrar para a
frente, flexionar a cabeça e arredondar as costas para rolar para a frente e
levantar. Os auxiliares acompanham o movimento, garantindo um rolamento suave.
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